
A Polícia Federal deflagrou, na manhã do dia (28/06/23), a “Operação Sangradouro” que investiga servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e lideranças indígenas envolvidos em fraudes de documentos para conseguir aposentadoria. De acordo com a PF, o esquema gerou 552 falsos indígenas aposentados no estado, causando R$ 64 milhões em prejuízos aos cofres públicos. 3qb4d
Durante a operação, foram expedidas 19 ordens judiciais pela Justiça Federal, sendo 16 mandados de busca e apreensão, 2 ordens de afastamento temporário das funções públicas e 1 mandado de prisão. Essas ordens judiciais foram cumpridas em Barra do Garças, Primavera do Leste, Poxoreu e Cuiabá.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Murilo de Oliveira Freitas, os indígenas envolvidos expediam documentos falsos, como o registro de nascimento dos indígenas, fraudando as datas para que eles pudessem ter o a aposentadorias com idades adulteradas. Veja vídeo no link https://www.instagram.com/reel/CuU4T5quIrO/?utm_source=ig_web_copy_link&igshid=MzRlODBiNWFlZA==
“Existem indígenas que ganharam algo em torno de 17 anos de idade em média, mas tem casos que tem cerca de 30 anos de diferença. Além de indígenas que possuem vários documentos expedidos e que possuem aposentadoria em cima desses documentos. Esperamos que com a operação, nós possamos. além de chegar a real extensão dos danos, a cessação imediata dessas aposentadorias concedidas”, disse.
O esquema 4c1i

Operação identificou 552 falsos indígenas aposentados em Mato Grosso — Foto: Polícia Federal
Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram em 2021 e o esquema é composto por servidores públicos da Funai, cartorários, proprietários de correspondentes bancários e lideranças indígenas locais. A organização consentia com a adulteração das informações de identificação dos indígenas, principalmente, a data de nascimento.
O objetivo era requerer aposentadorias por idade ilegais, causando um prejuízo estimado de cerca de R$ 64 milhões aos cofres públicos da União. Considerando a expectativa de vida média do brasileiro de 77 anos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o prejuízo a ser evitado com a operação ultraa R$ 260 milhões com a suspensão dos pagamentos ilícitos.
A fraude previdenciária iniciava-se com a expedição de documentos com dados falsos realizada por servidores da Funai. Eram emitidos o Registro istrativo de Nascimento de Indígenas (Rani) e a Certidão de Exercício de Atividade Rural, com adulteração de dados, como a idade dos indígenas, para simular o atendimento da idade mínima para aposentadoria por idade rural, que é de 60 anos para homem e 55 anos para mulher.

Falsificação de documentos era feita com o objetivo de adquirir aposentadorias — Foto: Polícia Federal