
O ex-membro da maçonaria, de 44 anos, acusado de aplicar golpes financeiros em irmãos da loja em Mato Grosso foi preso, nesta quarta-feira (07/06/23), em Palhoça, região metropolitana de Florianópolis, de acordo com a Polícia Civil. O suspeito era procurado há mais de um ano pelo golpe de pirâmide financeira em aproximadamente 100 vítimas, com prejuízo estimado em R$ 80 milhões. 3v2j2c
Conforme a polícia, o número de vítimas pode ser maior porque muitas não registraram boletim de ocorrência e os golpes não se restringiram apenas aos irmãos da maçonaria.
No ano ado, a loja maçônica Grande Oriente de Mato Grosso comunicou a expulsão do suspeito por causa das denúncias de golpe financeiro nos colegas.
O suspeito morava com a namorada em Presidente Prudente (SP), a mesma mulher com quem fugiu de Cuiabá à época em que os golpes foram denunciados, segundo a polícia.
A casa deles era simples e monitorado por câmeras de segurança para vigiar a movimentação da rua. Os policiais constataram que eles tinham poucos móveis e dormiam em colchões no chão.
Para não ser identificado, o suspeito ou a usar um nome falso e deixou o cabelo e a barba crescerem.
Investigação 245zy
A Delegacia do Consumidor, em Cuiabá, abriu uma investigação assim que as primeiras denúncias dos golpes foram registradas. A princípio, o suspeito se ava como advogado de um escritório renomado na capital para conquistar clientes e criar a pirâmide financeira.
Segundo a investigação, há aproximadamente cinco anos, o suspeito disse aos clientes que operava como day trader em uma plataforma financeira em que comprava e vendia dólares e euros.
Um robô realizava operações altamente lucrativas e prometia retorno mensal com juros de 5 a 8% ao mês para quem investisse o dinheiro com ele, de acordo com depoimento e documentos reunidos pela polícia.
Há relato de uma vítima que disse que aplicou R$ 3 milhões.
A investigação apontou que o suspeito efetuou os pagamentos de forma regular dos valores aplicados até o mês de dezembro de 2021. Desde então, os clientes aram a suspeitar de terem sido vítimas de um suposto esquema de pirâmide financeira e, com isso, procuraram a polícia.
Em janeiro do ano ado, ele deixou de dar retorno aos clientes sob alegação de que não estava conseguindo repatriar o dinheiro por causa de uma suposta restrição da Receita Federal e de uma multa aplicada pelo fisco em torno de R$ 1,5 milhão.
Alguns clientes ainda emprestaram o valor para que ele pudesse repatriar o dinheiro e pagar a multa. Porém, pouco depois as vítimas descobriram que não nunca exitiu nenhuma restrição e nem multa.
Na primeira quinzena de março do ano ado, o suspeito se hospedou em um resort na região do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital. A polícia investigou que a namorada dele o levou até o interior de São Paulo e o deixou na rodoviária de Presidente Prudente.
O suspeito responde por lavagem de capitais, estelionato, pirâmide financeira e crimes contra relações de consumo.
G1