Segundo a Defensoria, agora a criança está em casa, se readaptando à família. Além da mãe, moram na casa o padrasto e uma irmã, de 6 anos, de outra união. A mãe disse que a filha está magra e agressiva.
Ela afirmou que buscará ajuda médica e psicológica para investigar o que a criança ou durante o tempo em que esteve longe de casa.
Disputa pela guarda 505e5t
Jucélia morou por três meses com o pai da criança. Nesse período, ela ficou grávida, mas decidiu se separar, após descobrir que o marido batia na outra filha dela.
À Defensoria Pública, a mulher disse que sempre foi dona de casa e que o ex-marido trabalhava como caminhoneiro. Após o nascimento da filha, os dois disputaram a guarda na Justiça e, por um acordo, em março de 2018, ficou estabelecida a guarda compartilhada.
Conforme o acordo judicial, a mãe ficava com a filha durante a semana e o pai nos finais de semana.

152r4n
Desaparecimento 57374p
O desaparecimento da menina foi registrado em Sinop, no norte do estado, em janeiro de 2019, uma semana depois que o pai ‘sumiu’ com a filha. Ele buscou a menina durante a semana, fora do período combinado na Justiça, alegando que compraria roupas para a filha.
A Defensoria informou que, à época, entrou com um pedido de tutela provisória de urgência de busca e apreensão em favor da mãe. No mesmo dia, o juiz da Vara de Sucessões e Família de Sinop, Gleidson Barbosa, determinou que a criança fosse devolvida para a mãe, no entanto, a menina não foi localizada.
A defensora Carolina disse que Jucélia foi até o endereço do ex-marido, ligou para os telefones que tinha dele, mas as ligações iam para a caixa de mensagem. Um mês depois do desaparecimento, uma parente do suspeito contou à Jucélia que o ex dela estava em Rondônia.
Nesse período, a mãe disse que conseguiu falar com a filha, por telefone, com a ajuda da sobrinha do suspeito, sem que ele soubesse. No entanto, esse contato durou pouco. Ele teria se mudado novamente com a criança, época que Jucélia perdeu totalmente o contato com a filha. Posteriormente, ela ficou sabendo que o ex-companheiro tinha ido morar com a mãe dele, que o ajudava financeiramente. Mas, ela teria morrido e ele desapareceu novamente.
152r4n
Busca pela Justiça m1z23
A decisão da busca e apreensão foi para o Juizado da Infância e Juventude. Em fevereiro de 2019, o órgão informou que já havia esgotado os recursos que tinha para localizar o pai da criança, sem cumprir a determinação. Desde então, o processo ou pelo Ministério Público, teve manifestação de dois outros defensores e de três juízes que buscaram a localização suspeito, por meio de dados da Receita Federal e de outras formas, também sem êxito.
No decorrer desse tempo, Jucélia se mudou para Juara, onde mora atualmente, se casou novamente, mas continuou a procura. No dia 25 de agosto, o delegado da Especializada em Crimes Contra Criança e Adolescente de Recife, Geraldo da Costa, encaminhou um e-mail para a Vara de Família de Sinop, informando a localização da criança e pedindo orientações sobre como proceder com ela.
O delegado afirmou que havia sido procurado pela gestora do abrigo para moradores de rua, Casa de agem Diagnóstico, que informava que o suspeito estava no local, com uma criança e que essa criança era procurada pela mãe há cerca de três anos. Ele recebeu o mandado e foi orientado a encaminhar a criança para um abrigo infantil.
O processo, requerido pela defensora em maio deste ano, foi remetido para a comarca de Juara no mesmo dia da comunicação do delegado.
Naquele dia, a defensora entrou em contato com a delegada de Recife para ter detalhes sobre a situação da criança e, logo depois, comunicou a mãe para ir buscá-la.
G1-MT